A missão de ser pai e de ser mãe é grande. Muito porque envolve o ter que estar atenta e de prontidão sobre os próprios comportamentos, sobre o que estamos ensinando para os nossos filhos a partir do nosso próprio modelo. Ter filho significar definir metas para si mesmo permanentemente. A sensação ´que nunca somos bons o suficiente… E nada tem a ver com eles, tem a ver conosco mesmo, com o nosso próprio processo de transformação, de evolução enquanto ser humano.
Eu sei que não é fácil, mas vamos falar de 5 coisas que todos os pais deveriam evitar:
1 – Bater na criança: Vamos esquecer essa coisa que bater ajudar a educar! Não, esse não é caminho! E dizer isso não significa que tudo deve ser aceito, que a criança não deve ter limites. Significa tão somente que é possível ensinar limites sem precisa bater em alguém. Se não fosse, como seria o mundo? Quando seu chefe ou sua mãe faz o que não gosta você bate neles?? Não! Porque com a criança, que é menor, com força reduzida em relação a você e que está sob a sua autoridade, deveria ser diferente? Reflita sobre isso e antes de levantar a mão para seu filho, pense se você faria o mesmo com seu chefe ou sua mãe.
2 – Gritar com a criança: Da mesma forma que o bater não deveria ser uma prática parental, gritar também não deveria. Nós devemos ensinar os comportamentos socialmente aceitáveis para os nossos pequenos e não o oposto. Quando você grita com ele você estabelece um padrão de comunicação que, ainda que nãos seja usado de imediato, pode esperar… Um dia essa conta chegará! Então, vamos praticar a gentileza…
3 – Descontrole emocional: Aqui está um dos maiores desafios! Cada dia mais vivemos em um mundo de pressão, de excesso de trabalho, de cobranças, de falta de tempo… Tudo isso impacta na nossa qualidade de vida e consequentemente nos nossos comportamentos. E aí, onde a corda sempre estoura? Na parte mais fraca! Sob o pretexto de um mal dia, do cansaço e do estresse perder o controle emocional com nossos filhos ou diante deles passa a ser algo “aceitável”. Não, não é! Temos que nos policiar, temos que tentar o nosso máximo para não transferir para eles o que nós mesmos não gostaríamos que transferissem pra gente. Controle emocional é a base de todas as relações, nunca se esqueça disso!
4 – Falar palavras negativas para o filho: Quantas vezes nós presenciamos mães e pais praticamente fazendo “bullying” com os filhos dentro de casa. Sim! Falar que o filho está gordinho demais, que é “lento”, que é preguiçoso e não quer fazer nada, que a criança tem um temperamento difícil, que é bravo como o pai… Tudo isso pode parecer somente palavras ao vento, sem nenhum teor de maldade, portanto, aceitáveis. Mas não são. Quando falamos, especialmente, repetidas vezes, que nosso filho é isso ou aquilo, estamos ajudando a moldar a forma como ele se enxerga e se autoavaliará em breve.
5 – Oscilação de humor: Quem nunca viu um pai ou uma mãe brigando com a criança de forma injusta ou completamente desproporcional ao ocorrido e depois que a raiva passou, ficar tratando a criança feito um bebezinho, como que querendo pedir desculpas, mas sem utilizar as palavras, tentando agradar para minimizar os impactos de algo que fez e percebeu que não foi legal. Pois é, este não é o melhor caminho. Quando fizer algo que não é legal para o seu filho e perceber isso, chame-o, converse com ele olhando nos olhos, peça desculpa. Não infantilize a fala para falar com ele, compre sorvete ou libere o computador. Seu filho precisa aprender que quando erramos, precisamos ter a maturidade de assumir e nos redimir, e não de fugir da situação se escondendo atrás de um presentinho.
E… Considerando todo o exposto acima, seguimos na grande missão de sermos “melhores” a cada dia.
Teresa Oliveira